Em 2017, 7,7% dos imóveis vendidos em Portugal tiveram como destinatárias pessoas que não residem no país, correspondendo a 11,5% do valor total transacionado, revela hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE)
Trata-se de aumentos de 19,2% em número e de 22,6% em valor face a 2016. À semelhança do ano anterior, acrescenta este organismo, “foram os residentes em França que mais imóveis adquiriram em Portugal (19,6% do valor total), seguidos pelos residentes no Reino Unido (16,2%)”.
No documento pode também ler-se que “o valor médio dos prédios vendidos a não residentes em 2017 (160.407€) foi quase 50% superior ao valor médio das transações globais (107.381€)” e que, “no mesmo ano, 6,8% dos imóveis vendidos a não residentes tinham um valor unitário igual ou superior a 500 mil euros, correspondendo-lhes 36,3% do valor total”.
Pelas contas do INE, mais de ¾ do valor das aquisições por não residentes localizou-se nas regiões do Algarve e Área Metropolitana de Lisboa. A região algarvia “concentrou quase metade (42,8%) do valor das vendas de imóveis a não residentes, em 2017, correspondendo a 33,5% do número de imóveis transacionados”.
No total do país venderam-se 17.388 imóveis a não residentes, dos quais 5.827 na região algarvia. Globalmente, o valor total faturado através deste tipo de transações foi de quase 2,8 mil milhões de euros, tendo o Algarve contribuído com praticamente 1,2 mil milhões.
Isso significa que, em média, os não residentes compraram, mensalmente, 485 imóveis na região algarvia, tendo daí resultado para as entidades vendedoras um encaixe financeiro de 99 milhões de euros.
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