SUBIDA DAS RENDAS ACELERA PARA 5,5% NO 1.º TRIMESTRE E NOVOS CONTRATOS DIMINUEM

O valor das rendas aumentou 5,5% no primeiro trimestre, em termos homólogos, acelerando face à subida (3,8%) do trimestre anterior, enquanto o número de novos arrendamentos caiu 6,5%, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os dados provisórios do INE, hoje divulgados, registam uma renda mediana de 5,80 euros por metro quadrado (m2), aumentando 5,5% face ao período homólogo de 2020, acima da subida no 4.º trimestre de 2020 (+3,8%), nos 19.472 novos contratos de arrendamento registados em Portugal.

Relativamente ao quarto trimestre de 2020, a renda mediana do primeiro trimestre deste ano aumentou 0,5%, revela o INE na mesma publicação.

A variação homóloga das rendas no primeiro trimestre não foi uniforme, ressalva o instituto, adiantando que em 10 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes as rendas tiveram uma evolução negativa, como em Lisboa, Porto, e Almada.

Apenas em quatro municípios se registaram variações homólogas positivas da renda mediana e superiores à variação nacional: Gondomar (+12%), Guimarães (+9,8%), Loures (+7,6%) e Santa Maria da Feira (+8,3%), neste último caso num contexto em que se reduziram substancialmente o número de novos arrendamentos.

Nas áreas metropolitanas destacaram-se com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados e simultaneamente com diminuição homóloga das rendas medianas, os municípios de Lisboa (-9,2%), Porto (-6,7%), Oeiras (-6,2%), Odivelas (-3,1%) e Almada (-1,1%).

Por sub-regiões NUTS III, no primeiro trimestre, face ao período homólogo anterior, a renda mediana aumentou em 17 das 25 sub-regiões NUTS III, salientando-se os maiores crescimentos homólogos nas Terras de Trás-os-Montes (+27,1%), Alto Minho (+11,2%) e Viseu Dão Lafões (+9,4%).

Nas sete NUTS III do país que registaram diminuição da renda mediana por m2, as reduções oscilaram entre 9% (Baixo Alentejo) e 0,2% (Região Autónoma da Madeira), destacando-se também uma diminuição de 0,9% do valor das rendas no Algarve.

Contudo, o número de novos contratos de arrendamento no país, no primeiro trimestre, foi menor que o registado no mesmo trimestre de 2020 (20.830 novos contratos).

Por sub-regiões NUTS III, a análise do INE revela que a Região Autónoma dos Açores (+6,5%), Ave (+2,3%) e Cávado (+1,2%) foram as únicas com aumento do número de novos contratos de arrendamento, face ao período homólogo, tendo nas restantes diminuído o número de novos contratos, com destaque para o Alto Alentejo (-27,6%) e o Baixo Alentejo (-20,0%).

O INE verificou também um aumento do número de novos contratos de arrendamento, face ao período homólogo, em Barcelos (+13,4%), Vila Nova de Famalicão (+8,3%), Almada (+4,5%), Porto (+3,4%), Lisboa (+3,1%) e Braga (+2,0%).

Deste conjunto, o INE destaca os municípios das áreas metropolitanas com uma diminuição da renda mediana: Lisboa (-9,2%), Porto (-6,7%), e Almada (-1,1%).

Fora destas áreas, salienta Braga por registar uma diminuição homóloga das rendas (-3,6%).

Entre janeiro e março, nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, tal como no trimestre anterior, todos os municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com exceção, nesta última, de Santa Maria da Feira e Gondomar, registaram rendas medianas com níveis superiores à nacional, mas variações homólogas diferenciadas.

Com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados e com diminuição nos valores de rendas, destacam-se os municípios de Lisboa (10,99 €/m2 e -9,2%), Porto (8,30 €/m2 e -6,7%), Oeiras (9,62 €/m2 e -6,2%), Odivelas (8,07 €/m2 e -3,1%) e Almada (8,29 €/m2 e -1,1%).

Já em sentido inverso, com aumento dos valores de rendas, o INE destaca Cascais (10,49 €/m2 e +0,7%), adiantando que a Amadora registou uma taxa nula.

Lusa

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