Linhagem mais recente da variante Ómicron já deverá ser dominante em Portugal

A mais recente linhagem da variante ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, que aparenta ser mais contagiosa, mas não demonstra ser mais grave, deverá já ser dominante em Portugal, estima o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

O investigador do INSA João Paulo Gomes disse aos jornalistas na sede da instituição que a linhagem BA5 da variante Ómicron “terá já ultrapassado os 50 por cento” dos novos casos de infeção, especulando que será “a variante dominante”.

“Trata-se de uma linhagem mais transmissível e com algumas mutações que são associadas a uma maior capacidade do vírus para infetar e fugir ao sistema imunitário”, conseguindo ultrapassar os anticorpos gerados quer pelas vacinas quer pela infeção natural e assim expandir-se mais.

A linhagem está a aumentar em Portugal a par do que se passa na África do Sul, onde foi pela primeira vez identificada a variante Ómicron, mas os primeiros estudos “nada indicam” quanto a uma eventual maior gravidade.

“Não parece estar associada a um fenótipo de doença mais severo. Pensamos que será quase inevitável que [a covid-19] se transforme quase numa gripe. Vamos ter que viver com este coronavírus e pensa-se que o processo de vacinação vá ter que continuar, nem que seja para os grupos mais vulneráveis”, considerou.

João Paulo Gomes, que é responsável pela monitorização da diversidade genética do SARS-CoV-2 e outras doenças infecciosas em Portugal, declarou que “é um vírus com uma capacidade de adaptação incrível, que muito rapidamente se vai adaptando à própria evolução do sistema imunitário”.

Por conseguir passar pela imunidade das vacinas e natural, “as vacinas atualmente distribuídas, ainda desenvolvidas com a estirpe original [do novo coronavírus], são muito pouco eficazes contra a infeção, mas continuam a mostrar uma eficácia muito elevada quanto ao processo de hospitalização”.

“Todos conhecemos amigos, colegas que tiveram a infeção há poucos meses e estão agora novamente infetados, isso está a acontecer com estas linhagens”, apontou.

O INSA faz a monitorização de amostras do SARS-CoV-2 recolhidas semanalmente em todo o país, identificando os códigos genéticos.

“Todo o mundo tem beneficiado dos primeiros dados gerados”, referiu, acrescentando que ao conhecer a realidade de um país, os outros podem ter uma visão do que os espera e preparar-se melhor.

Lusa

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