Gasolina e gasóleo sobem 7,6% e 11,3% entre fevereiro e março

O preço de venda ao público médio da gasolina simples aumentou 7,6% em março face a fevereiro, para 1,975 euros por litro, enquanto o gasóleo simples subiu 11,3% para 1,901 euros, divulgou hoje a ERSE.

No seu boletim mensal do mercado dos combustíveis e GPL, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) refere que, em março, o preço de venda ao público (PVP) médio da gasolina simples 95 aumentou para 1,975 euros por litro, face aos 1,835 euros de fevereiro e aos 1,762 euros de janeiro, “acompanhando o comportamento do preço do barril de petróleo no mercado internacional”.

Segundo o regulador, o mecanismo de revisão semanal do ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos) implementado pelo Governo para fazer face à subida do preço dos combustíveis traduziu-se, em março, num decréscimo de 1,7 cent/l (cêntimos por litro) do ISP aplicado à gasolina.

“A componente do PVP de maior expressão corresponde a impostos, que representou em março aproximadamente 51,1% do total da fatura da gasolina, seguido da cotação e frete (38,2%)”, refere.

Já os custos de operação e margem de comercialização, a incorporação de biocombustíveis, a logística e a constituição de reservas estratégicas representam, em conjunto, cerca de 10,8% do PVP médio da gasolina simples 95.

No que diz respeito ao gasóleo simples, em março, o PVP aumentou para 1,901 euros por litro (1,708 euros em fevereiro e 1,624 euros em janeiro), também “acompanhando o comportamento do preço do barril de petróleo no mercado internacional”.

Na sequência da revisão semanal do imposto, o ISP aplicado ao gasóleo registou um decréscimo de 3,7 cent/l no mês de março.

Também no gasóleo, “a maior fatia do PVP paga pelo consumidor corresponde à componente de impostos, [44,4%), seguida do valor da cotação internacional e frete (46,8%)”, lê-se no boletim.

Por sua vez, “os custos de operação e margem de comercialização, a incorporação de biocombustíveis, a logística e a constituição de reservas estratégicas, representam em conjunto cerca de 8,8% do PVP médio do gasóleo simples”.

Os hipermercados continuaram a apresentar “as ofertas mais competitivas” nos combustíveis rodoviários, seguidos pelos operadores do segmento ‘low cost’.

No caso do gasóleo, os hipermercados apresentaram preços médios cerca de 9,6 cêntimos por litro abaixo do PVP médio nacional, enquanto na gasolina este diferencial foi de 8,5 cêntimos.

No que se refere ao GPL auto, o preço médio de venda ao público aumentou 7,9% em março face a fevereiro, para 0,956 euros por litro, “acompanhando o comportamento verificado nos mercados internacionais”.

“A maior fatia do PVP paga pelo consumidor corresponde à componente de cotação e frete (48,4%), seguida do valor dos impostos (35,8%) e dos custos de operação e margem de comercialização (14,8%)”, precisa a ERSE.

De acordo com o regulador, em março o preço médio de venda ao público nas garrafas mais comercializadas (G26) de gás propano e butano sofreu uma atualização de 2,9% e de 3,6%, respetivamente.

Numa análise da variação geográfica de preços a nível nacional, a ERSE conclui que “o distrito de Portalegre registou os preços de gasóleo e gasolina mais baixos em Portugal continental”, enquanto “Faro, Bragança, Lisboa e Guarda apresentaram os preços mais altos”.

Apesar destas variações regionais, em março, a diferença de preços médios por litro dos combustíveis rodoviários em Portugal continental foi inferior a cinco cêntimos por litro, tanto para as gasolinas, como para os gasóleos.

No que se refere ao consumo global de combustíveis derivados do petróleo (considerando a gasolina, o gasóleo, o ‘jet’ e o GPL), “aumentou significativamente face a fevereiro”, na ordem das 189,7 kton (quilotoneladas), o que representa um acréscimo de 33,9% (para um total de 749,8 kton).

Na gasolina o aumento foi de 45,5%, no gasóleo de 36,4%, no GPL de 23,1% e no ‘jet’ de 16,2%.

Em termos homólogos (face a março de 2021), o consumo de combustíveis foi 52,7% superior (258,6 kton), com aumentos no consumo de todos os produtos derivados: no ‘jet’ (274,6%), na gasolina (62,3%), no gasóleo (39,2%) e no GPL (30,0%)

Já comparando o consumo de março de 2022 com o do mesmo mês (pré-pandémico) de 2019, verifica-se que foi globalmente superior, com aumentos na gasolina (27,0%), gasóleo (26,1%) e GPL (24,7%), mas um menor consumo de ‘jet’ (-21,0%).

Lusa

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