Depois de ter aumentado 2,7% em 2017, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 2,3% em 2018, 1,9% em 2019 e 1,7% em 2020, de acordo com uma projecção hoje revelada pelo Banco de Portugal.
Este crescimento “deverá ser sustentado pelo forte dinamismo das exportações de bens e serviços e da formação bruta de capital fixo (FBCF) e pelo aumento do consumo privado, num enquadramento económico e financeiro favorável”, refere aquela instituição.
Depois de um aumento pronunciado em 2017, de 7,9%, “as exportações de bens e serviços deverão crescer 7,2% em 2018, 4,8% em 2019 e 4,2% em 2020”. A este nível, o Banco de Portugal antecipa “novos ganhos de quota de mercado, ainda que mais moderados ao longo do horizonte de projecção”. Em 2020, prevê-se que “as exportações situar-se-ão num nível 70% superior ao observado antes da crise financeira internacional; as exportações de turismo mais do que duplicarão relativamente àquele período”.
Projecta-se que a formação bruta de capital fixo mantenha “um ritmo de crescimento significativo ao longo dos próximos anos, embora mais moderado do que o observado em 2017”.
Quanto ao consumo privado, deverá “continuará a crescer de forma moderada, a um ritmo, em média, ligeiramente inferior ao da actividade”. Ao longo do horizonte de projecção, “o consumo privado desacelera, em linha com a evolução do rendimento disponível real, crescendo 2,1% em 2018, 1,9% em 2019 e 1,7% em 2020”.
O emprego continuará a aumentar até 2020, “ainda que a um ritmo progressivamente mais baixo ao longo do horizonte de projecção”. Em 2020, “o nível médio do emprego situar-se-á 1,6% abaixo do observado em 2008. O aumento do emprego ao longo dos próximos anos, conjugado com aumentos ligeiros da população activa, resulta na redução da taxa de desemprego, que deverá ser de 5,6% em 2020”.
