Sector imobiliário dá 13,6 milhões de euros à Câmara de Lagos

O sector do imobiliário continua em alta, fazendo com que, através do imposto que lhe está associado, o IMT, entrem muitos milhões nos cofres das autarquias. Em Lagos, revela a presidente da Câmara, Joaquina Matos, no ano passado, a facturação foi de 13,6 milhões de euros e, este ano, os primeiros dados indicam que o valor a arrecadar poderá ser muito semelhante.

O Algarve (OA) – Como é que se encontra, presentemente, a situação financeira da Câmara?

Joaquina Matos (JM) – Nesta altura, dispomos de alguma folga financeira. Temos, por isso, uma série de obras na rua e outras em projecto. Estamos, também, a contratar mais pessoal para reforçar o nosso quadro técnico e operacional.

OA – Quais foram os resultados líquidos de 2017 e quanto é que vai transitar para este ano de 2018?

JM – Dispomos de um bom resultado líquido. Vão, por isso, transitar para este ano 16,7 milhões de euros.

OA – Esse resultado, ao transitar para este ano, vai fazer com que o orçamento de 2018, já superior ao de 2017 em cerca de 10 milhões, aumente ainda mais…

JM – Poderemos dizer que temos uma situação financeira estável em resultado da gestão rigorosa implementada por este executivo e ajudada pela retoma económica, em especial, o sector imobiliário e hoteleiro.

A situação financeira permitiu-nos reduzir passivos negociados a médio/ longo prazo, em especial o PAEL, que foi possível liquidar a totalidade no final de 2017, poupando cerca de nove anos de juros.

Este orçamento irá permitir-nos cumprir as promessas eleitorais apresentadas nas últimas eleições, nomeadamente, nas áreas sociais, culturais, ambientais, de ordenamento do território, de educação, desporto, infra-estruturas e outras.

OA – Tinham, também, previsto uma negociação com a Neocivil (empresa que construiu o novo edifício da Câmara) para se tentar renegociar a dívida relativa à construção desse edifício. Em que ponto é que se encontra essa renegociação?

JM – Temos vindo a conversar. Mas, por enquanto, é um assunto que se encontra pendente de resolução.

OA – No Algarve, e especialmente em Lagos, o mercado imobiliário, nos últimos anos, tem estado em alta e tem feito entrar muitos milhões nos cofres da Câmara. Os dados de que dispõe indiciam que esta realidade é para continuar também durante o ano em curso?

JM – Os dados de que dispomos indicam que o mercado imobiliário continua a mexer e que o imposto que lhe está associado, o IMT, continuará a ser uma receita relevante para o Município de Lagos.

Espero que continue em alta e a funcionar como um factor positivo para o nosso desenvolvimento. Se esta tendência se mantiver é sinal que a economia está de boa saúde, que há construção, que há transacções e que as pessoas têm capacidade de investimento e de trabalho.

OA – Quanto é que a Câmara de Lagos facturou de IMT no ano transacto?

JM – Em 2017, o IMT, no Município de Lagos, atingiu a soma de 13,6 milhões de euros. Foi um montante que acabou por exceder as nossas expectativas. E, este ano, os primeiros dados de que dispomos indicam que as receitas de IMT continuam a caminhar no mesmo sentido.

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