É preciso tomar medidas para evitar que haja mais lixo do que peixe no mar

O Governo prepara-se para, muito em breve, aprovar o Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo, o qual prevê o aumento das áreas marinhas protegidas até 2030.

O anúncio foi feito pela ministra do setor, Ana Paula Vitorino, no encerramento do I Congresso do Mar que, promovido pela Associação de Município Terras do Infante, decorreu, este sábado, no Centro Cultural de Lagos.

A governante defendeu que, em matéria de poluição e ordenamento do mar, “não basta não estragar mais, é preciso recuperar o que já se estragou”e esse é um dos objetivos essenciais que se pretende atingir com este Plano.

Ao longo de quase um dia, agentes políticos, especialistas, professores universitários e empresários intervieram no Congresso, deixando dessem as suas opiniões e perspetivas sobre a economia do mar, o ambiente e a sustentabilidade. No final dos trabalhos foram anunciados os princípios orientadores para a elaboração de uma Carta de Compromisso que pretende envolver os vários atores em ações de defesa do mar como recurso económico, garantindo a sua proteção e sustentabilidade.

Uma das intervenientes foi Maria João Bebiano, professora catedrática e diretora do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve (UAlg), que integra uma equipa internacional de 25 peritos da ONU incumbida de fazer a avaliação do estado dos oceanos. Na sua comunicação partilhou os alarmantes números da poluição dos mares e o seu impacto na vida marinha e deixou um alerta dramático: “se nada se fizer, em 2050 teremos mais lixo nos oceanos do que peixe”.

Também muito interesse despertou a intervenção de Nuno Battaglia, Chairman do grupo Battaglia Capital SA, que apresentou a Congelagos – uma das fábricas de processamento de peixe mais avançadas da Europa que foi inaugurada na véspera pela Ministra do Mar – frisando que todo o projeto assentou numa lógica de sustentabilidade de 360º, ou seja, partindo da premissa fundamental de que a pesca só pode ser sustentável se o for para todos: para o mar, para o pescador, para a fábrica e para o cliente. Na sua comunicação identificou igualmente aqueles que considera serem os principais problemas e desafios que se colocam ao setor.

Entre outros, participaram também neste Congresso o reitor da Universidade do Algarve, Paulo Águas; a presidente da Câmara de Lagos, Joaquina Matos e o presidente da Região de Turismo do Algarve, João Fernandes.

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