Rota da Laranja quer mostrar ‘tesouros’ escondidos de Silves aos turistas

No decorrer da 2ª Mostra Silves Capital da Laranja, que se realizou este fim-de-semana, foi anunciado estar em fase de criação a Rota da Laranja. Numa breve entrevista ao Algarve Económico, a presidente da Câmara de Silves, Rosa Palma, explica que se trata de uma forma não só de promover os produtores e o produto em causa, mas também de mostrar aos turistas e visitantes uma parte do vasto território do concelho que a esmagadora maioria não conhece.

O que é e quais são os objectivos da Rota da Laranja?

Pretende-se destacar e divulgar o território no seu todo. O concelho de Silves tem a particularidade de vir da serra ao mar e tem muitos ‘tesouros’ que a maioria dos turistas não conhece. Somos os principais produtores de citrinos, queremos divulgar essa realidade e, ao mesmo tempo, contribuir para que, em termos turísticos, se olhe para o Algarve para além do sol e praia. A oferta turística tem que estar associada aos produtos locais, às culturas locais e ao património que temos para oferecer.

Estamos a trabalhar e a angariar parceiros para criar não apenas uma mas várias rotas que se adaptem ao interesse e disponibilidade dos visitantes. Se tiverem só uma tarde vêm qual é a rota que podem fazer. Se tiverem três dias podem escolher outro tipo de programa, sabendo à partida onde é que podem ficar, onde é que podem comer e onde é que podem experienciar situações que estão ligadas à apanha do fruto.

Tal como acontece com a Mostra Silves Capital da Laranja, com este projecto queremos mostrar que temos um sector primário muito forte e que é necessário olhar para ele, divulgá-lo e potenciá-lo, associando a isso o território existente, o património e a cultura.

Ao mesmo tempo, queremos que os agricultores olhem para a Câmara de Silves como um parceiro, que está aqui para ajudá-los a enfrentar algumas possíveis dificuldades.

Em que fase está este processo da Rota da Laranja e como tem sido a reacção dos produtores a esta ideia?

Temos alguns que já aderiram, mas estamos a abrir um leque maior. Nem todos têm as devidas condições para receber os turistas, mas têm sido bastante receptivos. As pessoas, normalmente, estão um pouco acomodadas, focadas na sua produção, fecham-se um pouco naquilo que são as suas problemáticas. O que se pretende aqui é que haja partilha, não só relativamente às coisas boas, mas também no que diz respeito às menos boas e como as ultrapassar.

O que se pretende é, de alguma forma, seguir o que se está a fazer com o vinho, no sentido de levar as pessoas até aos produtores?

O projecto do vinho é um pouco diferente, no sentido em que as pessoas vão à adega ver o produto já transformado, a que juntamos a vertente da música.

No caso da Rota da Laranja damos uma gama maior de possibilidades aos visitantes. Há a possibilidade de ficarem nas quintas, de apenas consumirem o produto, mas podem, também, experienciar a apanha da laranja e há ainda a  parte da gastronomia, que é riquíssima.

Tem havido da parte dos produtores de Silves iniciativas no sentido de criar valor acrescentado, de utilizar a laranja como matéria prima em produtos que lhes dêem maior rentabilidade?

Sim. Uma vez que já temos o reconhecimento de Silves Capital da Laranja, então vamos potenciar o produtos que sejam associados à própria laranja. Têm sido produzidos licores, gin de laranja, cerveja e temos uma doçaria e gastronomia incrível ligada à laranja.

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