A frota portuguesa vai poder pescar, em 2019, um total de 131 mil toneladas de peixe, um acréscimo de 24% em comparação com a quota que o país teve este ano. Trata-se, garante o Governo, em comunicado, de “um valor recorde”, que ultrapassa mesmo o valor de 2017, quando esse valor global já havia subido ao patamar das 119 mil toneladas.
Esta decisão foi tomada no decorrer do Conselho Europeu AGRI/PESCAS, que realizado esta segunda e terça-feira (17 e 18 dezembro).
Em termos de espécies, um dos destaques maiores vai para o Carapau, que tem um aumento de 69% da quota de pesca do Carapau. Esta, refere o Ministério do Mar, “é a espécie mais abundante que evolui nas nossas águas e cujo consumo deve continuar a ser promovido.”
Também muito relevante é a quota do Bacalhau. A frota portuguesa vai poder beneficiar de “um aumento de 953 toneladas, o que representa um acréscimo de 12%.”
Refere-se, ainda, que há “um aumento do sempre valorizado Atum rabilho em 11% e o reforço das quotas do Lagostim e do Tamboril em 5%, todas elas quotas de espécies com elevado preço médio de primeira venda, assim como a quota do Areeiro, que foi aumentada em 35%, e a das Raias em 10%.”
No que diz respeito à Pescada, “conseguimos um roll-over (manutenção da quota de 2018), melhorando substancialmente a proposta inicial da Comissão que propunha uma redução de 14%, permitindo ainda assim atingir o Rendimento Máximo Sustentável (MSY) em 2020.”
Em contrapartida são reduzidas as quotas de pesca relativas à Sarda e Verdinho, na sequência das recentes negociações da UE com países terceiros com quem são partilhados esses stocks, como a Noruega, Islândia e Ilhas Faroé.
Neste Conselho foi, mais uma vez, “reconhecida a melhoria da situação global dos recursos pesqueiros que evoluem nas águas da UE em geral e nas nossas águas em particular, que permitiram os resultados agora obtidos e que constituem a contrapartida pelos sacrifícios que foram sendo sucessivamente feitos pelos profissionais da pesca.”