Depois das Jornadas do Arade, a Teia d’Impulsos prepara-se para arrancar com mais uma Rota do Petisco

A associação Teias d’Impulso levou a cabo, ao longo do fim de semana, no auditório do Museu de Portimão, a 3ª edição das Jornadas do Arade. No final, falámos com um dos seus responsáveis, Nuno Vieira.

Quer balanço faz desta iniciativa?

Foram uma Jornadas em que voltámos a tentar colocar o conceito de ajudar os quatro concelhos da bacia do Arade a criarem pontes entre si, pois, infelizmente, apesar da proximidade geográfica, o que verificamos é que, frequentemente, há pouca ação em conjunto e muitas costas voltadas.

Globalmente, penso que os temas abordados foram bastante interessantes. Começámos e acabámos com o desporto, tendo em conta que Portimão é, este ano, a Cidade Europeia do Desporto. Passámos pelas controvérsias da taxa turística, falámos de saúde, de património, de eventos que possam ter impacto a nível regional, das florestas… acho que conseguimos tocar em várias áreas que são importantes. Vamos, agora, reunir as conclusões destas Jornadas e publicá-las.

Gostaria também de destacar a manhã de sexta-feira, em que juntámos vários grupos de trabalho de escolas dos concelhos do Arade e os colocámos a refletir sobre quatro temas, tendo como pano de fundo o desenvolvimento do território da bacia do Arade. Também as conclusões desses quatro grupos de trabalho vão ser publicadas e divulgadas.

Por aquilo que vi, as Jornadas não tiveram muito público. As pessoas queixam-se muito que se faz pouca coisa, mas quando se promove iniciativas deste género, torna-se difícil convencê-las a sair de casa…

Se tivéssemos focado o êxito das Jornadas apenas na quantidade de pessoas que se deslocaram ao auditório, se calhar tínhamos ficado pela primeira edição. Mas temos a noção de que criar uma agenda, falar sobre temas que são relevantes e chegar a conclusões e divulgá-las é importante.

A ideia é que as Jornadas não ‘morram’ no auditório e que as conclusões e a dinâmica que delas advêm possam continuar.

Mas é evidente que procuramos lutar e fazer um apelo à cidadania ativa, no sentido de que as pessoas intervenham e participem mais, às vezes temos mais sucesso, outras, menos.

Um grande sucesso tem a Teia d’Impulsos tido com a Rota do Petisco, cuja edição de 2019 está já aí à porta. A fase de candidaturas encontra-se concluída, vai ser a maior Rota de sempre, no que diz respeito à adesão de estabelecimentos?

No ano passado decidimos criar a nós próprios um grande desafio, que foi fazer a Rota em todo o Algarve e ao mesmo tempo, o que aumenta a complexidade de organização do evento. A edição de 2018 decorreu de 4 de outubro a 4 de novembro e chegámos à conclusão que, devido às condições climatéricas, a partir do final de outubro houve uma quebra. Por isso tivemos de tomar a decisão de mudar a data de realização da Rota, que vai, agora, ser de 24 de abril a 26 de maio, circunstância que fez com que fosse necessário organizar esta edição em tempo recorde.

Apesar disso, vamos ter uma Rota com uma dimensão muito semelhante à do ano passado. Infelizmente, devido a questões de política local, não vamos contar com o concelho de Castro Marim, mas teremos os outros 12 concelhos a participar, num total de 260 a 280 estabelecimentos – nesta altura, ainda não fechámos todo o processo – e vamos continuar a ter um mês em que a gastronomia vai reinar em todo o Algarve, vamos convidar as pessoas a sair de casa, a conviver e também a dar oportunidade a quem nos visita nesse período a conhecer o melhor que temos para oferecer, que é a gastronomia e o ambiente de festa que a Rota do Petisco pode propiciar.

A Rota do Petisco começou com apenas alguns estabelecimentos de Portimão. Na altura passou pelas vossas cabeças que um dia iam ter esta dimensão e chegar a quase todo o Algarve?

Certamente que não. A Teia d’Impulsos vai fazer, no próximo dia 16, oito anos de vida. Começou com um grupo de Portimão que queria fazer alguma coisa pela sua cidade, numa altura em que se estava perante um ambiente bastante complexo devido à crise económica e social que se vivia.

A Rota do Petisco foi das primeiras iniciativas a arrancar, logo no primeiro ano, e com muito sucesso, mas não prevíamos este crescimento exponencial do projeto e da própria associação. Neste momento, a Teia d’Impulsos tem um impacto muito importante a nível local e regional. É uma associação que já tem uma estrutura profissionalizada, no sentido em que contamos com seis colaboradores a trabalhar connosco e, efetivamente, há oito anos atrás, se nos perguntassem, nunca diríamos que iríamos chegar a este ponto.

As coisas têm acontecido, temos, obviamente, trabalho para isso, tem havido espaço para esse crescimento e o que mais queremos é continuar a ser uma mais-valia para a comunidade e a ajudar a desenvolver esta região.

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