Caso o Governo não queira ou não possa recorrer ao Orçamento de Estado para financiar a abolição das portagens na Via do Infante, o presidente da Câmara de Monchique, Rui André, tem uma solução alternativa.
A ideia é cobrar, como taxa turística, um euro por cada uma das cerca de 20 milhões de dormidas que se prevê o Algarve vir a receber este ano.
Metade dessa verba seria utilizada pelo Governo para financiar os eventuais custos resultantes do fim das portagens. A outra metade seria entregue às autarquias para custear obras de reparação e conservação de estradas, ruas e caminhos, muitos dos quais se encontram em péssimas condições e com buracos que são um tormento para os algarvios e um péssimo cartaz turístico que a região exibe aos turistas.
Esta proposta foi apresentada pelo autarca em Portimão, no Autódromo Internacional do Algarve, no decorrer do seminário «Next.mov – Smart Region Summit», que, promovido pela AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), teve como objectivo discutir soluções para a ‘nova mobilidade’ que se deseja para a região.
Uma iniciativa que Rui André considera como muito importante, mas mais prioritário é encontrar formas de acabar com a autêntica “vergonha” que entende ser a situação que se vive nas principais vias de comunicação do Algarve: a Estrada Nacional (EN) 125 que, actualmente, mais não é do que uma enorme rua em obras permanentes e a abarrotar de carros, e a Via do Infante que, na maior parte das vezes, se apresenta quase deserta, devido às portagens.
Para Rui André só é possível à região ter uma ‘nova mobilidade’ a sério se se acabar, de uma vez por todas, com as portagens na Via do Infante.
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