O presidente da Câmara de Loulé defendeu, no discurso do Dia do Município, uma “cooperação intermunicipal” que envolva os concelhos da zona central do Algarve – Loulé, Faro, Olhão e S. Brás de Alportel – como o “único caminho para a afirmação e capacitação competitiva da região”.
Vítor Aleixo referiu ser necessário contrariar “as lógicas de pequena escala” e a “competição redutora que a todos enfraquece” e apostar no esforço conjunto deste aglomerado urbano “com densidade crítica suficiente para ser competitivo à escala nacional”. Este será o caminho não só para atrair investimento privado mas também “reclamar a alocação de investimento público por parte da Administração Central” numa região que tem um peso bastante significativo no PIB nacional.
Um dos reptos que lançou é que todos aqueles município se envolvam no sentido de apoiar e alavancar a candidatura de Faro a Capital Europeia da Cultura em 2017. Nesse sentido, o autarca de Loulé disponibilizou-se a oferecer ao município vizinho “recursos humanos, patrimoniais e históricos” para consubstanciar essa mesma candidatura.
Ao nível da região são três as reivindicações que Vítor Aleixo considera serem fundamentais: a construção “célere” do Hospital Central do Algarve, a “redução significativa “ do preço das portagens na Via do Infante e a “travagem” da prospecção e exploração de petróleo.
Já no que diz respeito ao Concelho de Loulé, o líder do executivo municipal sublinhou também os principais desafios para o presente mandato. Desde logo a revisão do PDM mas também uma aposta no acesso à Habitação, uma matéria que constitui, actualmente, um dos maiores problemas económicos e sociais.
Em conformidade com as acções que estão a ser desenvolvidas pelo Governo, dentro de 7/8 meses a Autarquia irá apresentar publicamente “um ambicioso programa de médio longo prazo para resolver este problema”. Vítor Aleixo anunciou que, “durante a vigência deste mandato”, decorrerão os primeiros realojamentos em regime de renda apoiada ou acessível.