Um dos problemas mais complicados que afetam as cidades, sobretudo os seus centros urbanos, é o elevado número de viaturas que recebem. Em muitos casos, trata-se de veículos de transporte de grandes dimensões que ali se deslocam, e fazem muitos quilómetros para, por vezes, entregar apenas um pequeno pacote.
Para evitar esse panorama e fazer com que haja muito menos viaturas a desenvolver este tipo de circuito, a empresa Logistema criou o LOOP – Sistema de Gestão de Logística Urbana, que foi apresentado por um dos seus responsáveis, Ricardo Felix, no decorrer de uma sessão realizada em Portimão, no âmbito da Semana da Mobilidade.
No essencial, a ideia é instalar centros de agregação para uma determinada zona ou para toda a cidade, em função da decisão que, nesse sentido, seja tomada pela Câmara Municipal respetiva. Em vez de se deslocarem a diversos pontos da cidade, todas as viaturas de grandes dimensões que transportem objetos para a zona abrangida, passariam a deixá-los todos nesses centros.
Depois, os objetos seriam transportados para os destinatários finais através de meios de transporte mais ‘leves’, como bicicletas, em veículos mais pequenos ou mesmo a pé. No processo podiam inclusivamente ser envolvidos cidadãos, aos quais seriam atribuídos créditos, que poderiam ser trocados por vantagens, por exemplo, nas deslocações em transporte público.
O melhor de tudo é que, pelas contas daquele responsável, o sistema não implica custos para as autarquias que a ele adiram. É que uma ‘fatia’ do valor que as empresas pagam às transportadoras, relativo à parte final da entrega, seria usado para suportar os centros de agregação.
Este sistema, que envolve uma importante componente tecnológica, já se encontra a ser testado em duas cidades do país, devendo estender-se, nos próximos tempos, a mais algumas.