Transformar o subsídio de desemprego em subsídio de formação

A evolução positiva que o turismo algarvio tem vindo a registar nos últimos anos não deverá continuar, pelo menos, com a mesma intensidade, nos tempos mais próximos. A partir de agora deverá assistir-se a um período de consolidação ou até de algum declínio.

O aviso foi feito pelo presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas, no decorrer das Jornadas ”Economia do Barlavento em Debate”, promovidas pela AlgFuturo, este Sábado, no Auditório do Museu de Portimão.

Uma parte do sucesso conseguido pelo sector teve a ver com dificuldades com que se debateram alguns dos nossos mercados concorrentes, que, nesta altura “estão a recuperar de forma exponencial”, podendo atrair muitos dos turistas que, nos últimos anos, optaram pela região algarvia para passar férias.

Outra situação que merece alguma preocupação é o declínio do mercado britânico que, em consequência do processo do Brexit e da consequente desvalorização da libra, tem ‘enviado’ muito menos turistas para o Algarve.

Por outro lado, na opinião de Elidérico Viegas, devia-se ter aproveitado o período de crescimento no sector para levar a cabo intervenções e medidas ao nível da segurança, higiene e limpeza que qualifiquem, ainda mais, o Algarve como destino turístico de excelência, o que entende não ter sido feito. Por esta altura, também já se devia ter avançado para a criação de equipamentos que seriam grandes mais-valias, como, entre vários outros, o hospital central e uma policlínica de alta competição.

Outro problema com que o sector se depara é a incapacidade da grande maioria das empresas do sector em manter ao seu serviço mão-de-obra qualificada, ao longo de todo o ano. Para além disso, as escolas não conseguem formar o número de profissionais necessários, a que acresce o facto de “muitos dos alunos apenas querem obter equivalências e não estarem interessados em trabalhar no sector”.

Para alterar este panorama, Elidérico Viegas defende que o subsídio de desemprego seja transformado em subsídio de formação, permitindo que os funcionários se mantenham permanentemente nas empresas.

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