Setor imobiliário deverá crescer 20% este ano


O ano de 2017 foi “o melhor de sempre, desde que há registos”, no que diz respeito à venda de casas.
Intervindo em Lagos, no decorrer de uma sessão promovida pela Assembleia Municipal local sobre habitação e alojamento local,  o vice-presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) para o Sul, Reinaldo Teixeira, referiu que se registou “um aumento na ordem dos 25% face ao ano anterior”.
A retoma do setor, que se iniciou em 2013, foi, de acordo com os dados deste responsável associativo, “impulsionada pelo mercado estrangeiro, sobretudo depois da criação de programas de captação, como o Regime Fiscal para Residentes não Habituais ou o Programa de Autorização de Residência para Atividades de Investimento”.
Pelas contas da associação que representa, no ano passado o investimento estrangeiro em imobiliário representou cerca de 20% do total das vendas. Entre os investidores, o destaque maior vai para os franceses (29%), mas é o investimento brasileiro que mais tem crescido, “representando já 19% da compra por estrangeiros e estando em primeiro lugar em cidades como Lisboa e Porto”.
No Algarve, o mercado francês também esteve na frente (30%), seguido pelos britânico (16%) e pelos suiço (9,5%).
Reinaldo Teixeira qualifica estes números como “fabulosos”, sobretudo se tivermos em conta que, “com exceção feita à região do Algarve, Portugal nunca teve tradição de investimento estrangeiro em imobiliário, pelo menos com esta grandeza”.
O imobiliário é um setor que continua em alta, sendo as vendas concretizadas “em tempo recorde”. Segundo o Barómetro Imobiliário da APEMIP, “mais de 80% dos imóveis transacionam-se em menos de seis meses”. Trata-se de “uma dinâmica estupenda, especialmente quando comparada com a que existia há cerca de dois ou três anos, em que os ativos em carteira levavam mais de dois anos a ser vendidos”.
Mas, apesar de se fazerem tantos negócios e de os preços terem vindo a aumentar, Reinaldo Teixeira rejeita a ideia de que se está perante uma bolha. Os bancos têm, atualmente, critérios muito mais apertados do que no passado, no que diz respeito a empréstimos para compra de habitação, pelo que “há cada vez mais investimento feito sem recurso a empréstimo bancário, quer por estrangeiros, quer pelo próprio mercado interno”.
Tal circunstância dá, na sua opinião, maior segurança ao mercado e dificulta “a eventual existência de uma bolha imobiliária”.
E, para já, apesar do contínuo crescimento dos últimos anos, a perspetiva é que os ventos vão continuar a soprar de feição para quem trabalha neste setor, uma vez que “as estimativas da APEMIP apontam para um aumento das transações na ordem dos 20%”.

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