A região algarvia deve ser dotada de um efectivo que “permita criar condições de segurança estáveis e duradouras ao longo de todo o ano, face à dependência económica da região da actividade turística.”
Esta foi uma das conclusões das Jornadas de Turismo e Segurança que, organizadas pela Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (ACRAL), contaram com a participação de empresários, gestores hoteleiros e turísticos e responsáveis das forças de segurança.
Os participantes defenderam que, atendendo à complexidade das novas formas de criminalidade, aliadas ao seu cariz multidisciplinar, “é fundamental apostar cada vez mais numa estratégia de investigação e prevenção, articulada com as diferentes forças policiais e serviços de segurança, bem como com a indústria hoteleira e turística regional”.
Só desta forma consideram ser possível evitar “a implementação de medidas de segurança intimidatórias que possam funcionar como dissuasoras dos graus de satisfação dos turistas que nos visitam”.
Estas Jornadas concluíram ainda que “uma Política de Segurança eficaz passa por uma maior aposta na fixação na região do número de efectivos adequados às reais necessidades turísticas, impostas pelo aumento da procura, designadamente no que se refere ao prolongamento da época de três para nove meses por ano”.
A implementação de acções de formação contínua dos recursos humanos, assim como outras medidas destinadas à dignificação dos profissionais das forças e serviços de segurança, incluindo a modernização dos meios materiais foram outras das medidas defendidas.