Mais de duas décadas a testemunhar a evolução do comércio portimonense

Com negócio estabelecido na cidade há cerca de 24 anos, Fernando e Sãozinha Castelo são testemunhas privilegiadas da evolução do chamado comércio tradicional de Portimão.

“Apanhámos fases muito boas, por exemplo, há cerca de 15/20 anos”, lembra Fernando Castelo. Só que, entretanto,  o comércio local viu-se envolvido numa luta inglória contra as grandes superfícies, que afastaram parte substancial dos clientes dos centros das cidades.

Isso fez com que o casal, que já teve três lojas a funcionarem em simultâneo no centro da cidade, tenha tido que se adaptar às circunstâncias, concentrando-se, nesta fase, na «Loja Linho» mais antiga, situada na esquina da Rua Direita com a Vasco da Gama.

E, apesar dos tempos continuarem a não estar de feição para o comércio local, “a pouco e pouco temos vindo a conseguir ultrapassar os obstáculos”. Um dos factores que para isso contribuem é o facto desta loja de têxteis para o lar ter um grupo de clientes fiéis que não se limitam a fazer uma compra pontual, mas que regressam, com alguma frequência. Entre eles há “muitos estrangeiros e pessoas do Norte do país”.

Fernando Castelo atribui isso à “qualidade e preço dos nossos produtos”, em boa medida, por serem representantes de marcas como como a Lasa Internacional, Marofe e Megatex.

A ideia de investir num negócio próprio teve como principal entusiasta Sãozinha Castelo que, por ter trabalhado, durante vários anos, numa loja sempre teve a ambição de dar o ‘salto’ e abrir o seu próprio negócio. E, apesar dos altos e baixos pelos quais qualquer empreendedor passa, o balanço que fazem é amplamente positivo.

Até porque notam algumas iniciativas na zona central da cidade, como a colocação de sombreamento em algumas das principais artérias comerciais e a abertura de novas lojas que tomam o lugar de outras que fecharam portas. No entanto, para que seja possível que a zona volte a ser o que já foi, Fernando Castelo considera que há muito a fazer.

Um dos espaços que, na sua opinião, pode e deve ser mais dinamizado é a Alameda da Praça da República.

Mas, lamenta que se tenha deitado abaixo o antigo mercado que aí havia, o qual podia ter sido reconvertido de forma a poder acolher uma série de iniciativas que levassem mais gente àquela zona.

Da forma como a alameda se encontra nesta altura torna-se mais difícil, uma vez que “faz um calor insuportável no Verão e não há abrigo contra a chuva no Inverno”.

Outro dos problemas que detecta é o da segurança. Sobretudo a partir da altura em que o sol se põe há muita gente que sente algum receio de circular na zona, fazendo falta “um policiamento de maior proximidade e mais visível”, que levasse a que as pessoas perdessem esse receio e que, em determinadas alturas do ano, as lojas tivessem um horário mais alargado. Uma forma complementar de ajudar a melhorar a segurança é através da instalação de videovigilância, algo que defendem.

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