O défice público baixou 1.607 milhões de euros (-38%) em 2017, fixando-se em 2.574 milhões de euros, revela o Governo, em nota emitida pelo Ministério das Finanças.
Esta evolução positiva deve-se ao crescimento da receita (+3,8%), que “ultrapassou o crescimento previsto em sede de orçamento face ao período homólogo (+1,4%), tendo a despesa apresentado um crescimento igualmente acima do previsto quando se compara os OE de 2016 e de 2017 (+0,5%)”.
A receita líquida de IVA aumentou 6%, acompanhada pelo crescimento no IRC de 10%. A receita beneficiou ainda do comportamento do mercado de trabalho, visível no crescimento de 6,3% das contribuições para a Segurança Social.
A despesa primária cresceu 1,7%, destacando-se o crescimento de 20% no investimento, excluindo a despesa em PPP.
As despesas com pessoal na saúde cresceram 5,4%, representando metade do crescimento das despesas com pessoal. Este aumento, justifica a equipa de Mário Centeno, “resulta, em especial, do reforço do número de efectivos no Serviço Nacional de Saúde”. Pelas contas do Governo, “face ao final de 2015, há hoje mais 1.830 médicos (mais 7,3%) e mais 2.720 enfermeiros (mais 7,1%)”.
A dívida não financeira – despesa sem o correspondente pagamento, que inclui pagamentos em atraso – reduziu-se 270 milhões de euros, em termos homólogos.