Criação da taxa turística “é uma aberração”

O Auditório do Museu de Portimão recebeu, este Sábado, 14 de Abril, as  Jornadas ”Economia do Barlavento em Debate”, promovidas pela AlgFuturo.

Ao longo de praticamente todo o dia dezenas de empresários, autarcas, deputados, dirigentes associativos e responsáveis de organismos públicos reuniram-se em painéis temáticos, discutindo temáticas relacionadas com fundos comunitários, estratégias de desenvolvimento e as potencialidades e estrangulamentos desta zona do Algarve.

Ao nível do turismo, a área de actividade principal da região, muito debatidas foram as estratégias de combate à sazonalidade. O presidente da Região de Turismo do Algarve, Desidério Silva, diz que houve “um avanço grande nos últimos 5 anos”, devido a, entre outros aspectos, à diversificação da oferta turística, que permite captar turistas que não procuram apenas o produto sol e praia.

A oferta de actividades relacionadas com o turismo de natureza relacionadas com as caminhadas, as bicicletas ou a observação de aves tem estado em crescimento, o que faz com que seja possível à região acolher um número considerável de turistas fora da época alta.

No entanto, nem tudo são boas notícias. A decisão tomada recentemente pela esmagadora maioria dos presidentes de Câmara da região de introduzir a taxa turística é censurada por Desidério Silva, que qualifica a medida como “uma aberração”. Isto porque apesar da evolução positiva que constata, a taxa de ocupação anual das unidades turísticas ainda está longe do que seria ideal e surge numa altura em que os principais mercados concorrentes do Algarve se encontram em fase de recuperação.

Outro aspecto fundamental para conseguir captar mais turistas é a promoção e nesta vertente as notícias também não são muito agradáveis. Para se conseguir uma boa promoção é preciso dinheiro e o que se passa é que “os valores para a promoção há 10 anos que não são mexidos”.

Mas o que é mesmo essencial para que o Algarve continue a assumir-se como a principal região turística do país é que se dedique ao que sabe fazer bem, que apresente aos visitantes “aquilo que nos diferencia, temos que ser genuínos e apresentar produtos que, de alguma forma, façam parte da nossa identidade”.

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